ENTRE PAPOS, CAUSOS E DADOS
Na descontração de um papo entre Grazi Flores e convidades da cena, a multiplicidade de vivências, experiências, técnicas, informações e suposições que a humanização de quem produz arte e cultura pode conceder para quem consome seus respectivos trabalhos.
[ #001 ] Gaía Passarelli
GAÍA PASSARELLI
Gaía Passarelli, 44 anos, é escritora, repórter e editora. Com mais de vinte anos de experiência, passou por diversos veículos BuzzFeed Brasil e MTV Brasil, além de ter colaborado com Folha de São Paulo, Elle, Marie Claire, Viagem & Turismo e outros. Seu livro "Mais Você Vai Sozinha?" lançado pela Globo Livros em 2016, traz uma seleção de crônicas de suas viagens solo ao redor do mundo, e está na terceira tiragem. Gaía atualmente se dedica à escrita sobre a cidade de São Paulo em dois projetos: os boletins Paulicéia, sobre a sobrevivência da cultura na cidade durante a pandemia de covid19, e Tá Todo Mundo Tentando, com crônicas pessoais da vida paulistana.
PAULICÉIA
Paulicéia é um boletim bissemanal, enviado por email, sobre diferentes aspectos da sobrevivência da cultura em São Paulo, e o que será depois. Com duração programada de um ano, o Paulicéia estreou em junho de 2021 como parte do Substack Local, programa global de fomento ao jornalismo local patrocinado pela startup norte-americana Substack. Entre os doze projetos selecionados, é o único da América Latina e um dos três em língua não-inglesa. O formato é baseado em entrevistas com pessoas que de alguma forma trabalham com cultura (artes visuais, turismo, gastronomia, música, teatro) na cidade contando quais as maiores dificuldades enfrentadas durante a pandemia de covid19.
[ #002 ] Érica Alves
Érica é cantora, produtora musical e DJ residente de Niterói, RJ. Com 10 anos de carreira, é conhecida das pistas devido a suas apresentações em constante circulação em festas, clubes e festivais nacionais e internacionais. Seja com suas canções embaladas pelos sintetizadores e baterias eletrônicas ou nos seus DJ sets, Érica busca expressar o seu interior e entorno através de suas músicas, e promover intercâmbios entre as diversas cenas musicais com as quais tem contato. Foi vocalista do The Drone Lovers, participante do Red Bull Music Academy 2016 em Montréal, indicada melhor produtora musical pela Women's Music Event em 2017 e 2019, e selecionada para o Programa ASA da Oi Futuro e British Council em 2018. Hoje está no comando do curso de produção musical, WAVE Live Act, e fomenta seu selo, Baphyphyna.
[ #003 ] Contra-relevo
Caio
Atuação: Cantor, músico, compositor, produtor e professor de música/musicalização.
> Discografia
Solo Álbuns Caio Bosco Diamante EP (2009) Caio Bosco (2012) Fårö EP (2013) Caio Bosco Cerebral (2015) Patcha Mama EP (2017)
Singles: Sec XXI, Sec XXII / Artigas (2014) Ceneri (2017 com Jovem Palerosi)
- Radiola Santa Rosa Álbuns Disqueria (2005) Duberia (2006) Batidas, Rimas e Filmes (2021)
Singles: O Antidoto (2020 com Alienaçao Afrofuturista e Monkey Jhayam) Para Todxs Xs Beatmakers (2021, com Dr Drumah) Acreditar (2021 com Alienaçao Afrofuturista e Monkey Jhayam)
- Contra-Relevo A Compilation for Pratically Everyone (2021, coletânea do selo de Chicago) Contra-Relevo (2021)
Jovem Palerosi
Jovem Palerosi é músico, produtor musical, realizador multimídia e arte-educador. Graduado em Produção Audiovisual - Imagem e Som pela UFSCar, tem experiência em diversos projetos musicais, audiovisuais e performáticos desde 2009. Participou do Rumos Coletivo Itaú Cultural 2010/2012, já colaborou em disco e shows com Craca e Dani Nega e desde 2014 participa da Roda de Sample, coletivo de improvisação com música eletrônica e orgânica. Já coordenou o projeto DJ Residente, criando trilhas para o Museu de Arte Moderna de São Paulo, realizou a trilha sonora para o longa-metragem Delírios de um Cinemaníaco, para curtas metragens, instalações e espetáculos multimídia. Em 2013 formou a banda Meneio e produziu os dois álbuns de estúdio do grupo: Meneio (2015) e Movediço (2019). Possui três álbuns solo em que também assina a produção musical: Mouseen (2014), Ziyou (2017) e Layer 53 (2020), além de inúmeras colaborações, remixes e sets ao vivo. Em 2021 lançou o álbum Contra-Relevo do projeto homônimo que possui em parceria com Caio Bosco. Já circulou com seus projetos por inúmeros espaços culturais e festivais por todo o país, pela Argentina, Bolívia e Reino Unido.
[ #004 ] Beat On Me
A Beat On Me é uma festa de música eletrônica que desde 2015 está estabelecida em Farroupilha no RS, por onde realizou suas edições no Muinho Club. Artistas que passaram pela festa: Zopelar, Davis, Eli Iwasa, Albuquerque, BLANCAh, Lake People, Fran Bortolossi, Vantonio, tarter, Pimpo Gama, L_cio, além de artistas locais do RS que também são parte fundamental da história da festa.
A Beat On Me também começou a fazer edições fora de sua cidade natal, partindo para Garibaldi, Montenegro e Porto Alegre.
Além disso o núcleo promove workshops que já foram realizados gratuitamente por artistas como Vantonio, tarter e L_cio. Além destes workshops os DJs residentes Cris d. e Mau Maioli promovem um curso de discotecagem que já chega a 6 turmas e mais de 30 alunos que realizaram.
E no universo online a Beat On Me atua como um podcast semanal passando já de seus 100 episódios.
[ #005 ] Ale Ruaro
Fotógrafo desde 1996, Ale Ruaro tem se dedicado nos últimos 3 anos, quase que exclusivamente, a retratos. Sempre em preto e branco suas imagens são construídas, sobretudo, em parceria com os fotografados, criando uma harmonia entre o rosto registrado e a luz que o lambe. As fotografias de Ale têm na iluminação contrastada e densa uma das suas características mais marcantes, fazendo os rostos ganharem contornos à lá pintores holandeses, como Vermeer e Rembrandt. Ale fotografa pessoas do seu tempo com o olhar suave, amoroso e solidário de um artista do século XVII. Autor de 8 livros, Ale vem desenvolvendo trabalhos que falam de camadas estigmatizadas da sociedade e excluídas das narrativas correntes, como prostitutas, pessoas trans, praticantes radicais de práticas sadomasoquistas e pessoas em situação de rua e abandono.
[ #006 ] Caio Bosco
Cantor, músico, compositor, produtor e professor de música/musicalização
- Discografia Solo
Caio Bosco Diamante EP (2009)
Caio Bosco (2012)
Fårö EP (2013)
Caio Bosco Cerebral (2015)
Patcha Mama EP (2017)
Singles: Sec XXI, Sec XXII / Artigas (2014)
Ceneri (2017 com Jovem Palerosi)
- Radiola Santa Rosa Álbuns Disqueria (2005)
Duberia (2006) Batidas, Rimas e Filmes (2021)
Singles O Antidoto (2020 com Alienaçao Afrofuturista e Monkey Jhayam)
Para Todxs Xs Beatmakers (2021, com Dr Drumah) Acreditar (2021 com Alienaçao Afrofuturista e Monkey Jhayam)
- Contra-Relevo
A Compilation for Pratically Everyone (2021, coletânea do selo de Chicago)
Contra-Relevo (2021)
[ #007 ] Sue
Sue é produtora, beatmaker, guitarrista (OZU e The Smell Of Dust) e multiartista de origem franco-portuguesa, radicada em São Paulo desde 2014. Lançou seu álbum de estreia ‘soundtrack for photographs’ em 2019. Sue produz música no intuito de criar imagens e paisagens mentais. Sua pesquisa se aparente a um laboratório aberto ao improviso e às experimentações e propõe uma viagem por ritmos eletrônicos lentos, samples e arranjos orgânicos que remetem ao universo cinematográfico experimental dos anos 60.
Em suas apresentações, Sue flerta com a doçura característica do lo-fi hiphop mantendo toda a aspereza revolucionária da música minimal experimental e da vida contemporânea. Um sussuro de alerta.
Sue já produziu trilhas sonora teatro e publicidade, e também beats e remixes para outros artistas como Lari Padúa, Katze, Rebeca, Andy Cordeiro entre outros.
Em 2019 foi uma das produtoras convidada da casa "Escuta as Minas" idealizada pela Spotify Brasil, onde produziu os singles de Rebeca e Funmilayo Afrobeat Orquestra. Sue é também beatmaker integrante da BeatBrasilis Orquestra, e participa de vários grupos de improvisação livre como a SPIO orquestra, o coletivo Murmur, e o projeto Vertice. Integrante do movimento de mulheres da música, Uh!Manas.tv, Sue é uma das idealizadora do programa musical "Sessão Mocada" junto com Raiany Sinara, que propõe Live beats, Live act, Dj Set com convidadas e se baseia em pesquisas e experimentações sonoras que ambas artistas vêm desenvolvendo. Em todos os setores em que atua, Sue promove e privilegia a parceria entre mulheres, o exemplo mais concreto é o da sua produtora cultural, Purple Produções, que trabalha quase exclusivamente com equipe de mulheres.
Em tempos de Covid-19, em meio a crise sanitária global (com início em 2020 e término em 2022), a arte e a cultura sofreram diretamente com o cancelamento de programações presenciais e falta de políticas de incentivo financeiro para a classe afetada. Este projeto, registrou uma parte da realidade vivenciada por entrevistades antes e durante a pandemia, além de abordar suas perspectivas individuais ao vislumbrar o contexto pós-pandemia em 2020.
O festival Vibe Lacuna teve 3 edições virtuais de uma extansa programação focada na discotecagem: sets transmitidos via rádios brasileiras independentes, transmissões via twitch de mixagens xambrantes ao vivo e com interação, além de entrevistas e um conteúdo completo sobre cada participante da programação.
Um misto cultural de entretenimento e informação!